Nem tão autobiográfico assim.
“Escrevo por não ter nada a fazer no mundo: sobrei e não há lugar para mim na terra dos homens. Escrevo porque sou um desesperado e estou cansado, não suporto mais a rotina de me ser e se não fosse a sempre novidade que é escrever, eu me morreria simbolicamente todos os dias. Mas preparado estou para sair discretamente pela saída da porta dos fundos. Experimentei quase tudo, inclusive a paixão e o seu desespero. E agora só quereria ter o que eu tivesse sido e não fui.”
Clarice Lispector - A hora da estrela.
Extraviou-se por desfiladeiros de neblina, por tempos reservados ao esquecimento, por labirintos de desilusão.
Gabriel García Márquez - Cem Anos de Solidão