Egotrip

Mirar o abismo e até precipitar-se nele me soa como algo fatalmente palpável, concreto e certo.

É até descomplicado para a minha psique pegar-me flertando com minha autodestruição sem grandes pudores

Fim e começo, em uníssono, descansam de mais uma batalha pérpetua que insiste em combalir todas as minhas defesas e expor indiscriminadamente minhas pulsões.

Não se sabe minha sina, mas o padecimento é inerente a um ego frágil e quase indefeso.

Com muita sorte, junto alguns dos meus fragmentos, acolho meus tormentos e danço na chuva: dançar é, um última análise, meu ato de resistência a um mundo que a mim se apresenta sem ritmo!