Os Esquecidos
Pelos braços das ruas vão sendo levados
Arrastados pela inércia e sem sentido
Deixaram ser tocados pelas calçadas
Pedaços de verdades foram esquecidas.
Pedaços de enigmas por toda cidade
De braços pequenos e selvagens
Trepidam, a toda hora, a sorte num toque frio
Fazendo dos becos labirinto complexo e hostil
Pedaços de vidas passeiam em espaços livres
Com amarras na vastidão de um mundo sem socorro
De fel ao fel guarda no seu bojo registros,
Registro de uma sociedade que vive de estorvos.