Tão preciso e arredio sol...

 

O sol,

Às vezes exitante, 

Comumente ausente,

Mas quando raia, me queima… 

Pena, o sol ser de todos… 

E quando faz mais falta, 

Não é meu… evade… anoitece…

Sol,

Causa enorme fascínio…

Núcleo inacessível e imprevisível, 

Estância da Cristandade,

De tempestades magnéticas 

E resultados enigmáticos… 

Sol,

Que à noite me beija,

Sem queimar-me, mas brilhantemente, enfervece-me…

Sol,

Que reluz em minha vida…

Mas é imensurável o teu reino! 

Inúmeras as tuas demandas, pra lá de mim…

Sol,

Que para mim não tem tempo, 

Que me ascendes quando pode,

Que incide em mim, por raros momentos. 

Se não vens, fazem-se os invernos,

E os insistentes tormentos.

Temores hodiernos, em oceanos de ilusão.

Sol,

Que paira em meus refazimentos, 

Atua em meus desdobramentos… 

Meu refúgio e meu condão.

Sol,

Diga o que és para mim, meu jugo ou minha razão?