A inteireza mora dentro

Nos reduzem a corpos, nunca nos enxergam inteiras.

Um ser, que de tanto olhar para fora, inconscientemente, se molda de acordo com a preferência.

Se perde, fragmenta.

Nos tornamos meras partes soltas, refletidas por diferentes perspectivas.

Espelhos manchados, lentes distorcidas.

Nenhuma imagem é a nossa, sequer existimos.

O que se é não pode ser visto e sim sentido.

A inteireza nunca deixou de ser, esteve sempre dentro.

No ímpeto de buscar lá, nos desconectamos daqui e aqui, dentro, mora tudo que o outro jamais poderá dar.

Autoamor, ele é a cola que nos integra novamente e que coisificação nenhuma é capaz de desgrudar.

Rafaela Andrade
Enviado por Rafaela Andrade em 10/03/2024
Código do texto: T8016701
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