A inteireza mora dentro
Nos reduzem a corpos, nunca nos enxergam inteiras.
Um ser, que de tanto olhar para fora, inconscientemente, se molda de acordo com a preferência.
Se perde, fragmenta.
Nos tornamos meras partes soltas, refletidas por diferentes perspectivas.
Espelhos manchados, lentes distorcidas.
Nenhuma imagem é a nossa, sequer existimos.
O que se é não pode ser visto e sim sentido.
A inteireza nunca deixou de ser, esteve sempre dentro.
No ímpeto de buscar lá, nos desconectamos daqui e aqui, dentro, mora tudo que o outro jamais poderá dar.
Autoamor, ele é a cola que nos integra novamente e que coisificação nenhuma é capaz de desgrudar.