CORACÃO DO CORAÇÃO 
 

Não tenho mais o mesmo coração,

Foi pouco a pouco, perdendo os músculos,

Músculos do embate, da competitividade,

Do espírito atrelado as agruras dos dias,

Das verdades absolutas, dos antagonismos.

As leis que o regia foram esmaecendo pelo tempo.

Não sei como sobreviveu.

Hoje sou como um rio que após a enchente

Corre placidamente, mesmo nas curvas sinuosas.

No coração do coração há agora ouvidos moucos,

Uma boca cingida e olhos complacentes

Sem necessidade de ser baluarte das verdades.

Sinal dos tempos, da longevidade?

Não sei, mas sei que não sabia

O que sei agora.

Sem arrependimentos, só reflexão!

 

Haromax

Haromax
Enviado por Haromax em 02/02/2024
Reeditado em 11/02/2025
Código do texto: T7990591
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