O FILHO MORTO E O PAI VIVO
Estive hoje no velório do primo Jodacir Manetti . Primo querido, que partiu assim, sem querer (como todos nós, eu acho). No entanto, vi ao lado daquele corpo branco, inerte, seu pai que beira os 100 anos. Conversamos. Falamos de nossos escritos (ele também é poeta). Por alguns instantes deixou a tristeza do pai de lado e desconversou sobre a morte. O filho morto e o pai vivo, na mesma câmara. Então, eu me senti o último dos poetas.Me fogem agora quaisquer palavras de alegria ou tristeza. Apenas me resumi à minha insignificância.