Sede no Divino
O que não se pode alcançar
O que trepida na linha do pensar
O que corrói o tempo a enferrujar
É o que sibila a danificar.
O que o mundo não muda dos valores
Dos espíritos doentes sem temores
O que sangra na noite chuvosa
É uma língua quase morta, teimosa.
A sede do divino nas linhas do destino
Desperta as horas no seio do sino
E em cada canto o vão sentido
Resmunga em busca do motivo.