O encontro do quarto, com os 3 "f"s:
Perambulando por universo zaroio e desfocado, desamarrar-se, libertar-se,
foco, força e fé são fundamentais; e não é necessário que os "f"s sejam maiúsculos; mas a operação, a conquista, o labor e o suor despendidos no conjunto obra, necessitam de grandeza maiúscula; pois como Raul Seixas vociferou nos palcos o verso da letra "Tente outra vez", "é de batalhas que se vive a vida".
Deveras, para combater a preguiça, o desânimo, o "não consigo" e o procrastinador "amanhã a gente faz", o combatente deve munir-se de coragem, ousadia e audácia; e uma vez munido da tríade, a felicidade contida na realização caminha em sentido contrário, encurtando o caminho.
Agora que tomou conhecimento da teoria, vá lá. Lá, é um lugar que existe e foi projetado pelos fortes audaciosos e implantado pelos ousados e corajosos.
Boa viagem e não esqueça de suas origens; quando possível, dê notícias. Ah, não esqueça de colocar a liberdade na canastra.
Liberdade, aliada a autonomia, é um dos sentimentos e não menos, é uma das expressões que nos remete às inimagináveis subjetividades poéticas, porém vivencia-las em toda inteireza, em toda amplitude existente no céu, na terra, no arrebol crepuscular e no mar, é tomar conhecimento de quantas gotículas de suor faz-se uma lágrima.
Inegavelmente, liberdade está mais para os pássaros, que para os homens. A saber, os pássaros possuem o que os homens não possuem, se ainda não observou: os pássaros possuem asas que os possibilitam voar; e quem voa, não imagina, vai até aonde o fôlego e a energia lhe permite. Para quem voa, o ocaso é infindável.
Dê uma espiada nesse pequeno / grandioso detalhe anatômico. Quem sabe veja mais coisas que a minha poesia, que a minha liberdade e a minha autonomia desconhecem. E ao pousar em um galho de uma árvore frutífera para repor o fôlego e energia, tomar água em um riachinho de águas cristalinas, aproveite a parada e escreva-me um bilhetinho detalhando a descoberta; por favor. Quem instrui, acolhe e ensina, está apto a ser instruindo, acolhido e ensinado.
Uma alma livre é a soma de duas asas autônomas, responsáveis, conscientes e felizes por poder voar, afinal, a liberdade não tem nuvem que prenda-a, muito menos, Lá fixo; consequentemente, longe é um Lá que não existe para ela.
Contudo, vinda do outro lado de Lá, os quatro "F"s - agora maiúsculos - encontram a gentil Liberdade; e se completam em liberdade, foco, força e felicidade. E uma vez livre, não há quem não seja feliz; e vice-versa.