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Alguém como o leitor que come, bebe, dorme e... respira; com a diferença: não se preocupa em ser taxado de Vagabundo. Afinal, além de demandar ousadia e mente oxigenada, liberdade e vadiagem não é para qualquer um!


Em cima de um mirador, tal qual o pináculo do Himalaia, observando detidamente o horizonte num dia de céu sem nuvens e plenamente azulado, sou a clareza e a transparência que se vê ao longe.

Eu sou:
A gota de orvalho,
desfeita pelos raios de sol.

O clarão da lua,
ofuscado pelas nuvens densas.

O tudo durante o dia,
o nada na madrugada.

Uma estrela talvez,
clamando por você: volte!

Se voltares, contrário das estrelas e semelhante à lua,
nunca mais brilharei sozinho.

Nós formamos uma unidade.
O tudo e o pouco, que também pode representar o nada.
No tudo, no pouco ou no nada,
Somos únicos, indizíveis, dependentes,
Metades de indivisíveis luas que se completam.



Mutável: vagabundo assumido!

Enquanto todo mundo quer ser tudo, deleito-me em não ser nada. E por favor, sai da frente, se não dou-lhe um coice. Ser estúpido foi o mínimo que me ensinaram em mais de um século de existência.