Amor à vista!
É como uma caravela de velas içadas ,
Mas de toda apagada,
A avistar, de súbito, um vazio continente,
De gentes, carente.
Atracada, observa a vasta terra a ser explorada e quem sabe, amada?
A fragilizada nau errou o caminho, e por um desconhecido navegou.
Dobrou os cabos de tormentas e de boas esperanças,
E se orientou pela constelação Cruzeiro do Sul.
E chegou, às calmarias, avariada, meio que perdida, por entre a imensidão azul…
O continente acorda e se engalana
E se vê ante a beleza da pequenina embarcação…
A caravela, ansiosa, se extasia, ante tão bela natureza e vastidão…
O continente envia pássaros de todas as espécies, cantantes..,
Uma solene recepção se mostra improvisada, mas toda de coração.
As sinas se cruzam, conforme o planejado, mas sempre esquecido,
Então, exclui-se a possibilidade de que acasos ocorram…
O escrito nas estrelas sopra as velas, já voltadas para o porto dos encontros.
As descobertas foram há muito programadas,
Quando ocorrem, são arrebatadoras!
Na verdade, estão ambos perdidos a se procurarem…
No final, são ambos descobridores,
Sem porém, se importarem, se são maciços ou de retalhos, os seus longevos encobridores,
Ou se são de lã, ou são de linho, seus, há muito, apartados cobertores.