QUASE 7 DE SETEMBRO

Independência ou Marte!

E sejamos livres para voar por toda parte.

Que a evidência seja arte e a nossa carência, sem alarde, pegue o que nos deixaram os anos que sonhamos mas não fomos,

e com a nossa ausência finque marcas nos outros cromossomos, daqueles que ficam quando não estamos:

- a quem nunca nos negue, mas que ao pisarem nossos jardins ao menos os reguem,

Na vã esperança de que Marte a gente nunca alcance, enfim,

ou que nosso lar seja um vão ornamental, inscrito sem singular ou no plural.

Pois a gente é gente pagã, então a nossa liberdade é nuance

De autoridade que ergueu a espada sem a calamidade de um motim:

- para quem não sabe ser livre:

- e passa a idade inteira na faceira identidade que vigia o passo alheio:

- a liberdade é certeira quando faz metade inteira!

Sejamos tudo de uma vez: e deixar passar a luz do dia, deixar correr a cachoeira, deixar amar sem vãos receios...

Independência à parte:

- Já reparou? - quem não tolera liberdade raramente fala em amor!