Superação: a paradoxal vitória pós derrota.
Rufam os tambores do avançar, bem lá dentro de mim…
Tremulam as rotas flâmulas, nas pontas das lanças dos meus sentimentos,
Esbugalham-se os atônitos olhos, no bélico teatro…
Aceleram os aflitos corações, da última cavalaria…
Posicionam-se os resistentes pendões, nas já debilitadas mentes…
Apagam-se as tochas, no embrenhar na insana noite…
Diminuem-se, inutilmente, as silhuetas,
num terreno desfavorável, minado…
Eleva-se, absurdamente, a coragem, no peito do infante…
A ansiedade eterniza o confronto…
De repente… ouve-se o toque da vitória..
Na mesma toada, do outro lado,
Soa de um clarim, para os olhos, o irresistível toque de silêncio…
E para os dispersos sobreviventes, o toque de recolhimento…
Sou sobrevivente derrotado, desse velho conflito entre o querer e o não poder…
Tudo forjado por toques, badalos… sonhos, gritos, impulsos…
Nada consola uma derrota…
Soa o toque de retirada…
À vida, arrasada e ferida, resta o inédito toque do esquecimento.