O Poder das Palmas
Jorram pelas mãos um leito, um choque,
Uma corrente, uma energia, um rio.
Jorram pelas mãos um toque
Fervencente, morno ou frio.
Talham nas mãos saudades que invadem o cio,
Saem carícias que estão nos desafios.
Dormem os olhos e vão ao chão na vergonha,
Nascem nos gestos no chegar da cegonha.
Desfilam pelas mãos palavras atadas,
Livres, apimentadas, céticas ou violentas.
Mora em todo corpo mãos que têm amor
Que liberta quem dele se alimenta em cor.