Casa 96 A casa 96 acorda à madrugada, Sombras nas faces ocultam o medo, O cheiro da pele acende pecados, O cafezinho acompanha o ensejo. O grito estridente inspira intrigas, O desencontro mostra o corrompido, A vida se vai no romper da aurora. Pés atropelam os dias ensolarados. Há um adormecer nos sentidos, A aurora não saborear o amanhecer, Sonhos não mapear o céu de estrelas, Os olhos não visualizar o entardecer. Mãos dançam em frente ao papel azul, Dedos correm pelos escritos borrados, Os olhos bailam nos trechos relidos, O relógio se instala diante de tempo calado. E o romance nasce na palma do mundo.