Mídia X Desespero
Todo dia é pão,
É pão,
É pão.
Todo dia são homens
São sãos.
São muitos nas filas
Da morte.
São muitos da vila
Na fila da sorte.
Sem dentes,
Sem pentes,
São homens,
São gente,
Gritantes estão.
Gritam o sereno
Da sua alma errante .
Sem tetos, sem caras.
Insignificantes.
Madrugam com a lua,
Abraçam o cais,
O corpo e as máquinas
Em versos de paz,
Deglutam com os olhos
Manjares, salmoës
Da tela do terror o ventre
Em contorçoēs.
É o contraste que se faz
Mídia versus desespero
Na miragem desértica
De um hambúrguer por inteiro.
COM ESSE TRABALHO GANHEI NA UNIVERSIDADE CATOLICA O DIREITO DE SER PARTE DO GRUPO: POETAS MORTAIS