Reflexo

Olá!

Gostaria de saber como tens passado.

Como está a tua caminhada?

Como anda este teu peito em meio ao frio e morbidez, calor e vida, e todo o emaranhado que o tempo ressoa?

Me diga, em qual estação, estacionaste teu coração?

O que te alegra e o que devanece o teu sentir?

Acaso, tens andado soltando o pesos dos pés?

E sob a linha, imprecisa, tal qual o equilibrista, tens ateado fogo ao medo espreito?

Ah, eu tenho tantas perguntas...

Me diga,

é possível guardar o belo dentro de si, mesmo quando a feiura das ações humanas, nos roubam a sensibilidade, afanando as roupas da empatia?

E como agregar beleza aquilo que o ego, por si só, desmoronou em questão de segundos?

Sabe, tem dias que o sorriso fica reprimido, dentro de mim. Eu vejo as dores do mundo e não posso arranca-las de ninguém...

... uso o espelho como expectro daquilo que eu gostaria de fazer e não faço; extraio o que me convém, e sigo. Sinto tremer as carnes de minhas estruturas, em gritos de dor e apelo por dias melhores.

Assim, espairo e aqueço o peito, almejando que a esperança venha me beijar nas madrugadas de poesias densas, me apaziguando a alma, e por isso escrevo.

Mas, peço perdão, eu vim saber de ti. E acabei desabafando sobre meu sentir.

É sobre isso... você compreende?

Muito se fala em empatia. Pouco se sabe verdadeiramente do outro. Pouco se busca saber.

E assim, a sociedade embalada na hipocrisia, vai empurrando com a barriga essa liga de sobreviver.

Brenda Botelho
Enviado por Brenda Botelho em 24/02/2023
Reeditado em 24/02/2023
Código do texto: T7726369
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