SUBLIMAÇÃO POÉTICA

Como poeta me vejo sempre em constante sublimação

Girando tortuosamente diante do tudo e do nada.

Subo e desço na mesma velocidade que as águias e espíritos

Que me rodeiam e me encarceram em oceanos de pensamentos.

Sempre a deriva, margeio rios caudalosos e íngremes

Montanhas de letras, palavras, pensamentos e gentes...

Regurgito memórias e meus escritos exprimem tudo que penso,

Como alguém que transpira frases, como suor.

Afinal, não tenho medo de espiar as estrelas nas noites trovoadas,

Não as enxergo, mas toco-as com a imaginação,

Dou-lhes luz com os olhos d’alma

E frescor dos cheiros da primavera.

Não receio ser engolido pelas minhas fantasias,

Pois sempre haverá uma ponte por aí, uma flor,

Um sorriso de criança, a sombra de uma árvore,

Um novo amor, uma rima...

Devaneio e creio que sempre haverá

Mentes e corações apaixonados, divididos

E dispostos a poetar comigo,

Inspirando e suspirando dores e esperanças.

E na vastidão do cosmos, fim do tudo e início do nada,

Princípio e fim, a poesia, permeada na obra de Deus

Como a terra, o sol, a lua e as estrelas

Existirão eternamente pelo universo transcendental;

Num segundos de milhões de anos!

 

Haromax

 

Haromax
Enviado por Haromax em 05/02/2023
Reeditado em 30/10/2024
Código do texto: T7711940
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