Águias de águas paradas

Sal e chumbo correm nessas águas guardadas a sete chaves, esperando terem propósito num baú, até hoje fechado. Esperam por um olhar vidrado, A postos para revelar-se, abrasado, depois de ter-se ferido, obstinadamente pelas águas paradas.

O vizinho do hotel a procurar o responsável para um papo, um rei emerge da conversa: Você sabe quem eu sou? Os pés dele notadamente erguidos num invisível salto.

E ele, o vizinho, que precisa ser nomeado quase lhe vence pois de si se esquece.

Ninguém o chamara ali, devia ter dito: ninguém em casa! Não pelo menos, a dona do lugar. Pensara assim a empregada, a contemplar de fora a conversa um pouco alterada.

Foram os peões ali hospedados, que lavando a roupa em demasia quebraram o cano que não deixara partir adequadamente a água ensaboada, a prender-se frente à casa de um homem.

Quem contempla de fora cena temeu algo ter feito de errado. Nada parece ter feito senão chamado, quem impediria as águas terem-se parado.

Lirianna
Enviado por Lirianna em 14/12/2022
Reeditado em 16/01/2023
Código do texto: T7671763
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.