Águias de águas paradas
Sal e chumbo correm nessas águas guardadas a sete chaves, esperando terem propósito num baú, até hoje fechado. Esperam por um olhar vidrado, A postos para revelar-se, abrasado, depois de ter-se ferido, obstinadamente pelas águas paradas.
O vizinho do hotel a procurar o responsável para um papo, um rei emerge da conversa: Você sabe quem eu sou? Os pés dele notadamente erguidos num invisível salto.
E ele, o vizinho, que precisa ser nomeado quase lhe vence pois de si se esquece.
Ninguém o chamara ali, devia ter dito: ninguém em casa! Não pelo menos, a dona do lugar. Pensara assim a empregada, a contemplar de fora a conversa um pouco alterada.
Foram os peões ali hospedados, que lavando a roupa em demasia quebraram o cano que não deixara partir adequadamente a água ensaboada, a prender-se frente à casa de um homem.
Quem contempla de fora cena temeu algo ter feito de errado. Nada parece ter feito senão chamado, quem impediria as águas terem-se parado.