Devo parar de falar sozinho
Despejando meu mijo amarelho e quentinho no tronco da árvore da vida, habito o interior das raízes entropicas que perfazem as facetas ininteligiveis dos núcleos sociais para que eu possa exercer com destreza minha função parasitária. O quão ímpar um número consegue ser? A resposta é trágica. Olhe com atenção as linhas irregulares das calçadas onde pisa e perceberá entre seus dedos uma textura viscosa proveniente das fezes deixadas pelo meu animal astral: um fluído esquisito que rasteja terrivelmente perdido em detrimento da própria falta de finalidade, que para os fins práticos que sustentam os pilares da árdua convivência entre os semelhantes, definiu como imprescindível empenhar um esforço consciente para sanar seu terrível hábito de falar sozinho. Afinal, acaba sendo um incômodo quando o coleguinha ao lado, involuntariamente, acaba resmungando um "PUTA QUE PARIU EU QUERO MORRER".