Noites de Sonhos e Pesadelos
Hão de deixar a noite vir entre candelabros e cetim.
As noites se repetem dia após dia, única, como magia.
Levemente se despedem como veio e vai assim.
Ela traz um sonho brando num estado de letargia.
Enquanto o dia resmunga nas rodovias e ferrovias.
Os castiçais descansam agora, são eles que dormem
No mais frio cômodo sem os corpos quentes do ontem.
A noite a luz apaga-se no céu e o enorme quarto inflama.
Quando a luz do quarto se vai ficam a luz que plana;
Nos olhos dos que buscam os sonhos sem gana.
De dia passam como fleches os sonhos das noites.
Belos sonhos todos teríamos se entre foices
Os pesadelos não fossem açoites em dias tempestivos.
Logo virá outra noite com manjares e amores
No quarto quente de luz, de brilho e bem festivo.
A noite tem mistérios, revertérios e caprichos,
Chega silenciosa põe pra dormir os aflitos,
Dorme a dor, as ilusões, as dívidas e os comícios.
No silêncio triunfante e marcante há gritos nem sempre ouvidos.
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