Do Chão ao Douro
Sandálias velhas e acanhadas vagueiam,
Pés talhados com marcas de barro, creiam.
Caminharam e caminharão entre arbustos,
Pedregulhos, campos minados sem atalhos.
Mãos calejadas achadas na esperança do outro
Descem e tocam o chão como a abraçar o Douro.
Braços abertos é maestria de posse da sorte,
Do bem saltando do berço para além do norte.
No canto dos olhos fortes registros no cume,
No sonho pintado telas frescas e sem leme.
Há espaço entre quem colhe, sente e teme.
No soltar da voz há quem caminhe a Luiz XV.
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