A MODÉSTIA E O PERDÃO

Sê modesto!

Não permitas que a ostentação

Deslustre os teus feitos;

Deixe que outros te valorizem

E reconheçam a tua trajetória terrena.

Sinta, guarde e oculte o teu ímpeto

De sobrepor-s aos seus semelhantes.

Siga as marcas da humildade dos

Grandes sábios, os quais, em predestinada

E sublime missão, fundamentaram suas vidas

No servir, ostentando apenas o amor

E ocultando a vaidade banal, pois o mérito

Verdadeiro não gosta de se mostrar.

Em simetria, cultive em dimensão irrestrita

O exercício do perdão. Vê bem, que as flores

Brilham entre abrolhos como a perdoá-los,

E, indiferente às intempéries, esplandecem

Ainda mais seu colorido donaire!

Mesmo permeando em tempestade de

Ingratidão perdoa sempre!

Quanto mais tu perdoares,

Mais te assemelharás aos Deuses!

Deixe o perdão e a modéstia guiarem

Os teus atos e, distante das aflições da

Alma, sentirás, mesmo entre as mágoas e

O nada: a fragrância das acácias

Ludibriando procelas, e teus olhos

Reluzirão como a ver o fluir de cristais

À flor da terra!

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 24/08/2022
Reeditado em 24/08/2022
Código do texto: T7589524
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