A MODÉSTIA E O PERDÃO
Sê modesto!
Não permitas que a ostentação
Deslustre os teus feitos;
Deixe que outros te valorizem
E reconheçam a tua trajetória terrena.
Sinta, guarde e oculte o teu ímpeto
De sobrepor-s aos seus semelhantes.
Siga as marcas da humildade dos
Grandes sábios, os quais, em predestinada
E sublime missão, fundamentaram suas vidas
No servir, ostentando apenas o amor
E ocultando a vaidade banal, pois o mérito
Verdadeiro não gosta de se mostrar.
Em simetria, cultive em dimensão irrestrita
O exercício do perdão. Vê bem, que as flores
Brilham entre abrolhos como a perdoá-los,
E, indiferente às intempéries, esplandecem
Ainda mais seu colorido donaire!
Mesmo permeando em tempestade de
Ingratidão perdoa sempre!
Quanto mais tu perdoares,
Mais te assemelharás aos Deuses!
Deixe o perdão e a modéstia guiarem
Os teus atos e, distante das aflições da
Alma, sentirás, mesmo entre as mágoas e
O nada: a fragrância das acácias
Ludibriando procelas, e teus olhos
Reluzirão como a ver o fluir de cristais
À flor da terra!