Dominador

 

Presa ficou na corrente do destino

Atada e sem forças viu-se sem tino

O amanhecer deixou os seus vestígios

O anoitecer inquietude dos espíritos.

 

A cegueira persiste, a carência insiste

Sem pengala, desacreditada de si desiste.

Sobre domínio manipulador de quem fere,

Daquele que dá amor e exerce poder cede.

 

Com a alma mutilada e a falta do vil metal,

Numa sociedade machista, preconceituosa tal

A presa do infortúnio relaxa e aceita o mal.