Pontos Frouxos Curva Fria
Ontem esvaziei a fonte da sorte
Fiz colcha de retalho dos cortes
Regressei ao passado onde perdia
Dei pontos frouxos na curva fria.
Ontem alguém arrematou os caos
Falou a mim dos seus males, todos.
Eles eram tão meus, que loucura!
Ostentou as cicatrizes sem cura.
Ontem fui engodo, desgosto, calos
Um palco aceso de um teatro vazio,
Uma vagão, um trem desnecessário.
Uma linha tênue, marcas dos sapatos.
Hoje o coração não seguiu a rota
Costurei a língua solta em resposta.
Tudo que disse voltou a mim de novo.
Hoje abri a porta e segui o trevo.