Segredos e paixões
Sobre ´Segredos e paixões´:
(prosa poética tá?) quase uma narrativa autobiográfica, poética, sim, baseada
em fatos verídicos. Em parte, me atrelo durante à prosa alguns parênteses, é o êxtase,
para contextualizar um pouco, uma vez que não deixa de ser um poema.
Portanto, existe facilitador comum ao longo da "trama" e, ao "fim" da prosa,
que ainda transformarei "Segredos e paixões" em conto! Início, meio e fim!
A poética aqui está amarrada e trata-se, na realidade, de uma história de
paixão platônica entre um "jovem rapaz", o personagem/protagonista e inventor
do causo , e de uma mulher americana, casada, vivenciada no final da década de 90!
Onde? Como? A trama, o durante e diante desse romance tão real como platônico,
gosto assim de lembrar... Acima de tudo, contudo, sobretudo, tendo já projetado
essa moradia para os Estados Unidos, e por fim, as circunstâncias que viera transformar
a vida de um rapaz desde esses primórdios, até hoje em dia, não é, poetinha?
Confira tudo aqui!
Início -
Luar, meu vento, distrai e sopra comigo.
Deixa aqui quieta fica comigo e inspira,
Nada vai mudar esse tempo só, incita,
Não tem de calar, esse dom só excita(eu e você).
(4)
Vento, ventania, céu, chuva e tempestade.
Deixa essa "brisa" aqui, molhar minha boca,
Do teu corpo, mel e sombra e nós dois,
Um silêncio à noite ao espelho o céu(o início da praga).
(4)
Vadio o tempo entre nós antes ausente,
Aquele véu de todos os ventos uivantes(segredos).
Urgindo do prazer sopro e fumaça, graça(encanto),
Faço do seu tipo meu ápice, minha farsa...(como quem não queria nada...)
(4)
Intuía e intenta, atenta as tuas sinas,
Em sopro coro de versos e canções,
Você se declara em mil pedaços,
Trêmula e confusa, trépida e tímida(o início do ápice).
(4)
Meio -
Segredos e paixões debaixo das estrelas(entre montanhas, mil!).
Dos escombros de deus, paixão, sou ateu.
Se tudo um dia como esta noite sou teu,
Não há como crer em mais nada além de ti(sua religião é minha ateia).
(4)
Teu corpo é sagrado e meu coração sangra.
A maior verdade é a melhor mentira da noite(clímax),
Que nos tem dado esta beldade falsa e grada(surrealismo),
Da solidão de quem pretende resgatar o brado(foste embora, mas voltou).
(4)
De sua tolerância à luz do dia dispersa,
Por mais que o tempo diga não,
Algo há a se despertar(ainda mais!),
Existe alguma coisa acontecendo,
(4)
Sinto um breve findar em cinzas apenas sobre um tempo
Que jamais quisesse haver findar, esse tempo de chuva,
De choro, tempestade e silêncio sobre os escombros(o apogeu da depressão)
Agora amanhecendo com um leve espanto a novidade, a neve(e o poeta...)
(4)
O inverno inverso universal, o mundo entender pretendia(família, amigos)
Só não sabia que tudo era um silêncio, minuto silêncio(dos segredos e paixões)
Ou um silêncio remoto porque havia nas costas uma pátria
(uma família e seu amor pelo futuro poetinha)
E uma cruz e uma espada, um espanto e codinome e uma farda...
(o medo da repressão de sua farda/origens).
(6)
Um sonho e um quis um motor remando a insistir e partir...
(depressão, caos, a descoberta do causado...)...
Para um canto onde jamais havia cantado, ou, voado...
(e aos poucos de tombo e "tumba", um motor-coração fraco),
Quase isto. E de linho em linho se faz, se ata os nós, ata-me!(a meia volta)
Fizeram-se barcos, se fez rotas, se fez tanto, se fez...
(6)
Fizeram-se estradas, mares, se fez tanto que se fizeram retratos...
Fizeram-se silêncios, se fez amizades, se fez tudo, se fez até por fazer...
Quis-se segredo, se quis verdade, se fez valer até a pena, fazer(cumplicidade)...
Fizeram-se planos, se quis maldade, se quis um mundo, e a caneta(à obra, à pena).
(4)
Quis o globo(quis tudo) e a bola, o caderno e a poesia, um mundo aberto,
coube o jogo e trola, a música e a prosa, a tralha tal Alberto(ai, ai...)...
Quis ser campeão, mas foi vice, quis o português, não quis mais
("é pra sempre"!) É a festa da torcida campeã!
Coube a cama, a trama, o drama, o dogma, a amiga e até o cão
(de tudo rolou, já o dogma...)
(6)
Fim -
Quisera lembrar-se de tudo sobre os segredos e as paixões.
Quisera esquecer-se de lembrar-se de quase tudo depois do verão.
Quisera de o outono fazer tudo de novo, tudo de novo como o verão.
Quisera de o inverno escrever sobre a primavera, o verão e outono.
(4)
Quiséramos muito. Vento, ventania, céu, chuva e tempestade.
Nós.
(2)
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Guy Werneck - prosa poética baseada em histórias verídicas vivenciadas nos Estados Unidos,
entre 1998 e1999, em um pacato distrito no interior do estado de Utah, no centro oeste do país.