Língua Solta
Saiu da boca um vento forte
Hálito quente que deu um corte
Voaram verdades sem norte,
Sem o crivo da censura pertinente.
Aparem a língua da insensatez,
Não é hora não foi chegada a vez
O vento nobre carregou a sorte
A deixar a respiração ofegante.
O que a saliva soltou não volta
O dia que foi declarado importa
A caixa de registro multiplica
O que sai da boca não se aplica.