Contar Estrelas Tentar mudar o caos, Sair dos escombros, Vender pipocas salgando cicatrizes A coser o medo, abandonos e matrizes. Encontrar respostas Com a boca de feijão, E a mente cheia de ilusão. Dá pontos nas feridas, Não temer a solidão da vida. Da palafita contar estrelas, Tecer enganos na beira do rio, Tocar o tempo sem arrepios, Parar o tempo com desafios. Vender histórias doces, Com recheios e sabores A enrolar o dia do proletariado. Fazer da rua point forte, E sorrir da própria sorte Na cidade quente de Recife.