Um amor de infância
Eu acho que é feliz quem tem um amor pra recordar.
Ainda que seja algo de infância.
Um romance simples.
As descobertas num beijinho selinho.
As mãos trêmulas, segurando outra mão gelada de nervoso.
A noite sem dormir por acreditar que descobriu o amor.
A ansiedade por revê-la.
As cartinhas, com poesias.
Uma pétala de margarida pra enfeitar o envelope.
A coleção de figurinhas do " amar é"
O perfume no pescoço.
A roupa da moda.
O sorriso tímido.
A conversa com as estrelas.
Os ensaios para um primeiro beijo sem muitas responsabilidades.
Os encontros escondidos.
E tudo o que fez a gente nunca se esquecer de como foi bom tudo aquilo.
Ah, quem nunca teve um amor assim, de certo não sabe o que é inocência.
Sandro R C Costa