Puxando a tampa da banheira

A maioria das vezes não entendo o que se passa e, como se colocasse palavras no que ouço de fora, descubro: sou eu que digo, não o outro; ou ainda, aquele pensamento é meu e não do outro.

Ah, quando ouvirei de verdade?!

Quando terei o sublime privilégio de ouvir, mesmo me sentindo invadida por algo muito maior que aquela pessoa ou suas palavras?

Mais! Quando terei a possibilidade de falar com o coração na mão, mesmo sendo tomada pela impressão de que a pressão de tantos sentimentos é uma máquina de moer carne?

E deixar vir a mim as perguntas inconvenientes! As prosas ruins, os abusos e os proselitismos... No entanto, tenho também a tendência de me acreditar melhor sem eles. Porém, quando foi a ultima noite de um sono realmente restaurador? No entanto tenho gasto todas as energias para me manter no controle ou conseguir manter o direito de dizer: não estou louca, dito isso, me vem à memória a seguinte anedota.

Um homem visita um hospital psiquiatrico e pergunta ao médico : doutor como o senhor sabe que o caso é para internação? E o médico respondeu: eu encho uma banheira com água e ofereço uma colher, um copo e um balde, pedindo para o paciente esvazia-la," ao que o homem respondeu: ah, entendi, a pessoa sadia escolheria o balde! E o médico respondeu : Não ela puxa a tampa da banheira!.

Não precisa contar como termina essa anedota né?

Lirianna
Enviado por Lirianna em 25/05/2022
Reeditado em 09/06/2022
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