Ela e suas elas...
Existe nela esse quê de ousadia fora de hora, onde tudo se mistura, flui e ela adora.
Na lava incandescente que a deflora
A volúpia se instala e ela pequena, se agiganta.
Dá asas à mulher que vive abrigada em seu íntimo e que poucos tiveram a oportunidade de conhecer. Inclusive ela mesma.
Existe nela esse quê criança em desatino, que sonha acordada, revive sorrisos,
recria orgasmos e se diverte.
Ambas, criança e mulher vivem em harmonia dentro desse ser, que incompreendida as suas idéias entreabertas e obtusas confundem-se, co-fundem-se. - É melhor tachá-la louca!
Dizem alguns, enquanto outros, bem poucos, a definem por guerreira-menina-feliz.
Nela o lado criança é mais presente, mais íntegra também. O não corrompido silêncio e sorriso.
A metade mulher vivencia um claustro consentido, onde a única porta é aberta pelo mágico fascínio ato da conquista, olhar, sorriso, tom de voz, toque, beijo, gosto, pele, química.
E a “insana-mulher-menina” cresce, se espande. Orgasmos em brumas convulsivas ondas.
E assim passam-se os dias, dentro e fora de si...
Descanso no encontro de bocas úmidas e lascivas... dorme ao entregar a si no outro que lhe completa.
E a menina encontra abrigo entre as pernas do amante, em seus braços, em seu peito se refaz de ser mulher.