Ela e suas elas...

Existe nela esse quê de ousadia fora de hora, onde tudo se mistura, flui e ela adora.

Na lava incandescente que a deflora

A volúpia se instala e ela pequena, se agiganta.

Dá asas à mulher que vive abrigada em seu íntimo e que poucos tiveram a oportunidade de conhecer. Inclusive ela mesma.

Existe nela esse quê criança em desatino, que sonha acordada, revive sorrisos,

recria orgasmos e se diverte.

Ambas, criança e mulher vivem em harmonia dentro desse ser, que incompreendida as suas idéias entreabertas e obtusas confundem-se, co-fundem-se. - É melhor tachá-la louca!

Dizem alguns, enquanto outros, bem poucos, a definem por guerreira-menina-feliz.

Nela o lado criança é mais presente, mais íntegra também. O não corrompido silêncio e sorriso.

A metade mulher vivencia um claustro consentido, onde a única porta é aberta pelo mágico fascínio ato da conquista, olhar, sorriso, tom de voz, toque, beijo, gosto, pele, química.

E a “insana-mulher-menina” cresce, se espande. Orgasmos em brumas convulsivas ondas.

E assim passam-se os dias, dentro e fora de si...

Descanso no encontro de bocas úmidas e lascivas... dorme ao entregar a si no outro que lhe completa.

E a menina encontra abrigo entre as pernas do amante, em seus braços, em seu peito se refaz de ser mulher.

Jaqueline Serávia
Enviado por Jaqueline Serávia em 25/11/2007
Reeditado em 25/09/2009
Código do texto: T752066
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