Garboso e sonâmbulo
Dorme o tempo com um olho só,
Enquanto dorme sonâmbulo vara
Pelos campos, pelas encostas pó
Vai à varrer o mundo inteiro, o nó.
Vai o tempo senhor do nosso ser,
Do destino, parece não envelhecer.
Tem ciência e porquês a adicionar
Doces, doces e amargos no sonhar.
Quem acorda o tempo e anda fundo
Sendo ordeiro e não um moribundo
Escreve a própria história num todo
Garboso da sorte voa no rabo do foguete,
Os sonhos, nos rabos das pipas deste.