Preciso de muito mais do que o pequeno para me importar

É mais que apenas um começo.

Finalmente, mesmo no final,

percebo que não é o fim.

Isso chama-se: desenvolvimento.

Percebo que

preciso muito mais que muito,

pois muito para mim é pouco.

Com pouco, mesmo sendo muito,

que para mim é pouco,

até mesmo muito pouco,

não consigo respirar.

Preciso de muito mais do que o pequeno para me importar.

Preciso de muito menos do que o grande para me impactar.

O que é pequeno,

para mim, é como um farelo

que cai sobre a mesa e sopro no chão.

Sendo assim, formigas que tem a sorte

de não morrerem pisadas por mim,

podem do meu resto se alimentar.

Isso falo quando tenho muito,

faço muito, sou o muito.

Pois só me impacta o que é menor que grande,

por poder controlar.

Ademais,

sou a formiga fugindo da minha própria bota.

Mas se tudo isso é tanto,

tanto que é muito pouco.

Pouco é o bastante para deixar-me louco,

e louco fico quando tenho plena noção de ou do tudo.

Pois, tudo...

Me, te, se, lhe, vos,

nos reduz a nada.

Tudo...

Me, te, se, lhe, vos,

nos reduz ao nada.

Nada... Tudo...

Sanidade e absurdo.

Extremos caminham de mãos dadas.

Tudo... Nada...

Escuro e claridade.

Extremos que só existem quando um ou outro se encontra em falta.

Preciso de muito mais que apenas isso para considerar.

Pois considero esta vida pouco, esse sistema louco,

porém, inteligente o suficiente e bastante eficiente

quando clareia minha sombra onde brilham minhas ideias.

Apagam o brilho delas, e dão a quem acham que mereça usar.

Vou dormir,

mas não sei se vou acordar.

Não sei se quero acordar.

Pois muito e pouco não me bastam,

e o meio termo é render a algum lugar.

É mais que um simples começo.

Isso é um filme que não pode acabar.

Se o diretor fala: "corta!"

A - ação - da minha corta é não para de sangrar.

Eu tenho medo!

Pois, morrer assim é pouco,

mas... também é muito

e no meio termo posso me profligar.

Ideias nascem e morrem

dentro da minha mente,

tão rápido, que a minha mente

atua e mente atualmente e

Nietzsche nem Freud nenhum

em anos de estudo conseguiriam racionalizar.

A inferência que me encontro é um lugar

onde só não somente posso, mas devo, sou obrigado a estar.

Nasci na pele oposta à pele que tem direito a casas em haras, comidas caras,

proteção não barata, as virgens raras, e o direito da dúvida... O direito de duvidar.

Razão nas mais das mais inconvenientes perguntas? Um imã de razão que suga todas as respostas.

Realidades rasgam almas opostas que sofrem igual.

A falta de perspectiva reduz corações bons ao mal.

Saber que isso é mais que menos,

e menos que mais é bastante para sentir minha existência algo ilegal.

Confusões como essas me cercam,

pois quando aqueles que falsamente veneram-me fazem isso,

caminho até um precipício, onde me encontro

mesquinho.

Egoísta.

Individual.

Tudo isso é tanto.

Que é pequeno demais mediante ao tudo.

Mas, mais que grande, e isso é bastante para perder o controle

disso aqui

que tem ser grato

e chamar de

Vida.

Alexandre Cezar Fh

@prosasalexandrinas

Alexandre Cezar Fh
Enviado por Alexandre Cezar Fh em 25/04/2022
Reeditado em 26/06/2022
Código do texto: T7502625
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