O velho tempo e eu
Não pergunte às flores coisas sobre minha vida.
Pergunte às cartas mau escritas de um ébrio chamado tempo.
Elas te contarão sobre as minhas outras cento e cinquenta e oito vidas.
Minhas torpezas e fraquezas.
Mas, também, sobre meus heroísmos.
Elas narram minhas tristezas e meus motivos.
Minhas companheiras e companhias. Todas elas fantasmas devedoras.
São relatos de uma alma sequiosa por desejos infames.
O velho me ensinou... Mesmo sendo um bêbado, o tempo me ensinou o segredo da felicidade.
E se o encontrar por aí, que ele apresente suas vidas.
Talvez sejam menos empoeiradas do que as minhas.
Sandro R C Costa