VIAGEM
Tenho mundos em mim pela estrada pela qual vou
Viajo em direção aos grandes acontecimentos da vida
que redemoinham em grandes turbilhões de possibilidades
além do que eu possa controlar.
A estrada corre solta e desliza, não há curvas sempre em frente
E não vejo onde vai dar, porque é infinita e não avisa
Além do horizonte ela se se inclina em noites de apatia
Turvada por nuvens fatigantes, como é isso?
Se cá há verde e muita luz, e muita paz e muito riso
E gente que fala e que te vê dentro dos olhos...
Mas se todos vão também irei e seguirei o cortejo
Quem sabe ultrapassando as pesadas nuvens há lugar melhor que aqui
As pessoas fecham as janelas das casas, como quem não quer ver
Mas a estrada é cheia e rostos novos estão comigo
De resto um tanto ficou para trás
Em outros afazeres em outras vidas em outras distrações
Ou não os vi tropeçar quando passei? Assim parece.
Mas há espaço para todos, pois a estrada é larga
Só não há pressa, não, não há pressa, muito ao contrário
Na verdade, esperamos que a jornada nunca acabe.