Língua Amarga
Quero o paladar da língua amarga,
A verdade formada no paredão,
A sentença dada sem corrupção,
Ações planas e contemplação.
A certeza de subserviência e pausa.
Falem na cara e não em cochichos,
Que busquem estradas sem precipícios.
Não quero ministrar presídios.
Ao carimbar as folhas, sejam assinadas
E o castelo branco bem administrado..
Estou nas linhas da história nos primórdios,
Na leitura dos pensadores atuais e dos antigos.
Minha soma não é aquática nem terráquea
É efêmera mais outra vez reverbero.
Quero o velho diário com escrita nova,
Uma biografia; um conto com glória.
Chega, chega de querer está passando
A borracha em tudo. Em tudo toda hora.