Responda-me Leitor!
Inclusive a pedra,
Os Josés,
O Drumond,
O surrupiamento do ouro,
Os deslizamentos,
Os políticos,
Os arrastões,
O sacolinha plástica boiando,
Os rios doces,
O STF,
As favelas,
O traficante e o estuprador,
O minério da Vale,
O jornalismo,
Os Sertões,
O pinche preto no mar,
O gás,
O feminicídio,
A inflação,
Os eleitores,
O Presidente genocida e o ex-detento,
O trânsito,
A sociedade,
Os Pedros,
Os gravetos,
As Marias,
As cidades,
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Toda escrita reflete a história brasileira: mais da mesma. Com uma diferença:
Fernando, escritor português, disse que "o poeta mente"; e o Fernando escritor brasileiro, não escreve mentiras, mas sobre frases, poemas, tragédias, fofocas, etc, repetidas. Tudo, tudo, dezenas de vezes repetidos.
Se em Portugal Ele é eterno, no Brasil, nada altera, nada muda, seja Ela de flor ou de dicção; e tocado por essa toada, vão-se as pessoas dos Fernandos. Contudo, nada em vão.
Com esse hábito secular de escrita, não seria melhor se o Fernando Brasileiro fosse poeta e não pessoa?
Cristo disse: "estás curado. Se quiseres, siga-me; se não, não peques mais, cometendo os mesmos erros".
Parafraseando, dirá o leitor perspicaz e sensato: "Navegar é necessário; escrever o repetido, não é necessário. Ainda que cobertas por frondosas copas de árvores e floridas nas laterais, bastam memória e inteligência para não enveredar pelas alamedas já caminhadas."