Calçadas da Vida

 

   

Nas calçadas frias onde com passos fortes,     

 Firmes e dispersos pessoas sempre transitam,

Mãos e olhos se elevam, pedem e suplicam

Por ajuda, por serem almas Itinerantes e aflitas.

 

Nas ruas diferentes que por mim cruzaram.

Pudem ali de baixo ler melhor o que gravaram.

Nas mentes reprodutoras e intelectuais

De homens altivos, eretos, nobres e atuais

Não existe tempo para aberrações sociais.

 

Punhaladas recebidas, lições que ficavam,

Mordida na sorte que muitos desdenhavam.

Feridas na alma que nunca cicatrizavam

São caminhos que as calçadas abraçavam.

 

Numa encruzilhada o destino tocou de leve

Como uma brisa que resolve aliviar e serve

De reconstrução da sorte ali fragmentada.

E amplia-se a visão diante algumas topadas.

 

Assim, muda a rota de pessoas com eus

Que na calçada fria, quente espera por filisteus,

Cosmopolitas, ou artistas, ou um simples

Filho de Deus para mudar o rumo do nó

Que a vida lhes deu.