O POETA E A POESIA (*Corrida Prosa 6)
Alberto Valença Lima
Senta-se, à beira-mar, o poeta. Devaneios lhe acorrem indolentes.
A tarde se achega em seus braços...
O Sol em seus ombros se deita.
As cores, Deus as pinta, num céu de muitas nuvens.
E o sétimo minuto do entardecer, se desprende da paleta divina, desenhando no firmamento, um vermelho azulado, só encontrado naquele instante de solidão e tristeza...
No violão, ele dedilha uma música suave...
E pensa em sua amada. Amada que tantas boas coisas lhe dá! Que com ele, em todo momento importante, está. Aquele, era uma exceção...
E a música se espalha pelo ar...
E ele recita aqueles versos, que de sua garganta se desprendem.
Oh! Querida e doce amada!
Que em meus versos desabrochas
Tal uma flor num jardim
Sois tal rosa delicada
Que perfuma até as rochas
Encantamento sem fim!
Sublime, do tempo, o instante
Sois minha, ainda que eu cante!
E numa canção, o poeta se funde com a poesia, em música angelical. A tarde se vai... A noite vem devagar... Inunda de trevas todo o lugar... A escuridão constrasta com a brancura da espuma das ondas do mar. O poeta agora é estrela. No céu, ele se incrusta bem perto do mar. Lá no infinito.
O poeta deste RL Roselves Alves, me concedeu uma grande honraria ao recitar na sua página de áudios esta Prosa Poética de minha autoria e indico a quem desejar ouvir na sua voz este texto, que clique no link abaixo para ser direcionado para sua bela declamação. A ele, minha eterna gratidão.
Declamação desta Prosa Poética pelo poeta Roselve Alves deste RL.