Eu tenho asas
Tenho aparado o teu ciúmes feito flecha sem arco
E todas as tuas manias "tão perfeitas" de velar meus passos...
Inquieta teu zelo e espreita minhas nuvens; o ar fica reprimido e contido numa garrafinha qualquer...
Você torna gigante minhas fragilidades, e elas riem de você!
Parece que se esquece que não quebro tão fácil assim.
Teu sentimento enverga feito galho querendo cair. Quem é frágil aqui?
Eu não vejo prazer nesse teu carinho insano, me soa tirano.
Cuidado sem liberdade perde a beleza e a integridade.
Vai, apara essas tuas vontades de me fazer voltar pro casulo, pois, eu vou correr até o fim do mundo, pra sorrir em paz, pra morrer em paz, pra me entregar em paz, ao menos uma vez mais.
Eu tenho asas, e o chão tá ficando pequeno pra mim!