Esplendor de um Dia
Numa manhã taciturna de vento suave
Acordei envolta a belezas exuberantes.
Abri as portas, as janelas, a vida perante
O esplendor de um dia o qual enxerguei.
As portas da alma com trancas maciças,
Chega a cegar o mar que habita no ser
De um homem tal qual o sistema resida,
Cotidiano que ele se dedica, se arrisca.
A bolsa dispencou, lá se foi o amor.
As taxas subiram lá se foi o doutor.
A casa caiu quem dispensou?
A criadagem sumiu, nossa que horror!
Numa manhã taciturna de vento forte
Come fatias paridas e sai a caráter, até
De pés descalços, de taciturno a alegre
Anda muitas passadas pelos arredores
Em meio a tudo procurando por si mesmo.