Caminhos de Glória

 

Vou pela margem da vida sedente,

Astuto, ébrio, cético, demente.

Cada passo a contar os ladrilhos,

A levar topadas, a perder o sentido.

 

Sigo levando a música nas costas

A beber gotas das chuvas tortas.

Várias imagens vão se projetando.

Estradas de campos e concretos.

 

Pedras preciosas pelos caminhos

Cortam o tempo, constroem ninhos,

Edificam templos, criam nações,

Se mortaliza nas praças, nos livros

E sermões.