Saga

 

O chão batido levou as solas descalças,

Os cacheados perderam a forma no vento.

As passadas na terra roxa banharam o corpo.

No pingo do meio dia mudou o tempo no copo.

 

Mas adiante estrada de ferro e dois mundos

Cortam o destino no baralho a molhar tudo.

No bolso o papel acorda incertezas e sangra

Caminho no mapa tira a defesa e reclama.

 

Voltar não pode, parar não deve, seguir

É uma equação, uma fração, um teorema.

Muitos desafios na estação do inverno

É quando se recolhe e hiberna.

No verão continua com a saga, é o lema.