Passada do Tempo Uma leveza no ato do andar, Uma alegria estampada na face. As ruas a acordar a vida. Tudo por todas as partes. Os sapatos passam e marcam o chão. Lá vou eu... Em múltiplas passadas. O pensamento corta a Europa, A escrita, o Japão. Porém, hoje o dia amanheceu confuso, Uma corrente de ar solta sem direção. Uma mistura de sabores na volta pra casa. Faltou o trevo de quatro folhas. A luz invadiu a sala, pedaços do sol Cruzou a vidraça. De lá vejo o universo sem fronteiras e paro imobilizada pela aparição noturna da bela Gota de orvalho. Enquanto amarro os cadarços, aperto o botão. Uma arma é apontada dentro de uma condução. Entre a sala e a porta da rua ouvirás um barulho. O relógio volta a marcar o tempo.