Estradas de Concreto No cruzamento de estradas num concreto quente Os dentes se mostram na mastigada dos passos, As mãos agarram o que pode e segue forte, Do fundo ver-se a chama que os olhos aquecem. No meio do caminho escaladas e pontes. Um descer, um subir nos quilômetros da vida. A sede e a fome aguça a vontade e acorda a ida O suor banha o corpo a lavar em seguida. Cada passada se ver um clarão retumbante, É o dia que nasce a trazer um sol brilhante. A chegada valeu, a corrida se deu diante Do enorme desejo da verticalidade.