Poeta rebentação
O amor é como poesia tênue, que nasce ligeiramente plena de vontades nuas, mantendo-se vivo, sob as linhas de um horizonte único e forte.
Entregue em sua linhas, o poeta descreve a brevidade de suas emoções; correndo de si mesmo, ele agride suas vontades, somando à sua tinta desmedida, toda a dor de sua rebentação. Sua melancolia lhe permite expressar com vida toda a sua sofreguidão.
Outrora, entregue à imensidão de paixões devotas, o poeta rende sua escrita ao amor que lhe beija o rosto.
Assim é a inquietude desse mar bravio, que só descansa suas águas quando faz de suas linhas, o seu leito de prazer e confissões. Sentimentos que vagueam e encontraram morada no poeta triste, fazendo de sua doce poesia, peito aberto a florir, sem fim, toda a sua emoção.