Silêncio

 

Toco o silêncio e o desperto

Na boca da madrugada.

Os homens buscam descanso na noite

Enquanto acordo as respostas na calada.

 

Eu catuco o silêncio nos quartos das horas.

Procura verdades impróprias às zero horas e meia.

Quem acordou o silêncio com fogos de São João? Quem acordou a cidade com estampilhos?

 

Nos hospitais lá está ele nos momentos de aflição.

Dentro da mente ele fica a aplacar a solidão

E por fim ele se instala na última morada dos homens.

 

Quero o silêncio para degustar a essência do mundo.

Silêncio com o som....... de vida.

 

 

 

-------------------------------------------------------------------------------------------------

 

 

O Silêncio

 

 

O silêncio é como a cegueira. Cego vejo mais,

No silêncio escuto mais.

O silêncio fala aos meus ouvidos do seus mistérios.

Calo, escuto e deixo-me envolver.

Seus ritmos me levam pra bem distante

Onde vejo a cidade coberta de flores,

Árvores gigantes que dão frutos.

Ele fala aos meus ouvidos, falam,

Falam na vibração do vento.

Na entoação do tempo.

Faz-me querer a noite onde é mais intenso.

E leva-me em suas ondulações.

Sua linguagem me fala em mente e traz a essência

De uma vida bem distante e tranquila

Em que se solta desse vulcão feroz que acorda

A loucura dos homens.

 

Ecila Yleus

Enviado por Ecila Yleus em 08/11/2007

Reeditado em 27/10/2021

Código do texto: T729280

Classificação de conteúdo: seguro