So eu Sinto

Só eu Sinto

 

Entre os labirintos da vida, vou passando sutilmente, só eu ouço o grito da minha alma, só eu sinto em meu peito as dores que as sufoco, por não poderem ser sanadas. Só eu sinto, o jorrar das minhas lágrimas e o silêncio do seu deslizar pela minha face até sua chegada aos meus lábios, trazendo das minhas entranhas, o gosto salgado das ânsias, que se revolvem em meu interior. Pessoas ao meu redor, não ouve a celeuma que se alardeia por todo o meu ser. E nem sentem a ponta da lança contudindo meu coração. Vou eu sozinha, fazendo-me mais forte que uma rocha, me

inspirando na águia, crio coragem para ir mais além, para voar mais alto e ter a correta visão do caminho a seguir. Quantas vezes desabo sozinha no silêncio do meu quarto, meu caminhar é sôfrego e vem de longe e com ele, as tantas incógnitas, que machucam o cerne do meu âmago e lançam enigmas, ao subsolo do meu subconsciente.

Indagações mil, permeiam minha consciência. Mas para quem dizer,

do agitar-se das ondas em mim? Do abissal vale que em mim se fez? Silencío meu falar e deixo gritar meus pensamentos rumo ao céu, para onde talvez tenham ido os meus sonhos de menina e de onde vem a força dessa mulher que muitas vezes se quebra pela fragilidade que ainda tem em sua essência, mas que inacreditavelmente, essa mesma essência se reveste de uma força sobrenatural. Uma menina indefesa e uma frágil mulher, se contemplam, se completam e se acolhem em mim, no interior da fênix que as vezes eu preciso ser, para poder subsistir e seguir em frente, serena e solícita, nesse meu enigmático viver...

 

Kainha Brito Direitos Autorais Preservados

Imperatriz MA

16/09/21

Quinta Feira 14:15

Kainha Brito
Enviado por Kainha Brito em 17/09/2021
Reeditado em 04/11/2021
Código do texto: T7344288
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