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Onde encontrarei o meu lugar no mundo? Nenhum lugar é meu. Nenhum canto me acolhe.

Nenhuma alegria me encanta.

Já não há lugar para eu sonhar.

Hoje pode ser a nossa vez de chorar.

Hoje pode ser a nossa vez de ganhar.

Hoje pode ser a nossa vez de amar para toda a vida.

Hoje pode ser a vez dos amigos nós alancarem.

Pode ser a nossa vez de voar, de planar rumo ao infinito, a eternidade.

Aprendo com o meu corpo inteiro.

Não me é possível amar aos pedaços.

Se meus olhos amam, meus ouvidos amarão.

Minhas doces inutilidades

Às vezes sai de dentro de mim algo útil.

Não é sempre.

Às vezes sai de dentro de mim algo que merece elogios.

Não é sempre.

O desânimo que há em mim, é distraído. Ele finge que acredita na euforia.

Ele finge que gosta de fogos de artifícios.

O desânimo que mora em mim nunca desanima para fora, ele fica quieto dentro de mim.

Mesmo que amanheça, eu não acordo.

Mesmo que anoiteça, eu não durmo.

Mesmo que haja festa, eu entristeço.

Mesmo que eu sorria, ainda me desanimo.

Quando quero voar, me amarra a lei da gravidade.

Quando quero abrir os braços para o infinito, o agora grita aos meus ouvidos.

Quando quero me acreditar indispensável, a inutilidade olha profundamente nos meus olhos.