Das minhas despedidas
Tive de me despedir de mim.
Eu tive de ir embora.
Foi difícil deixar tudo para trás.
Eu tive de partir e deixar meu coração despedaçado.
Foi impossível dizer adeus e nunca mais voltar.
Nunca fui embora, nunca consegui partir de coração pleno.
Fique naquelas ruas silenciosas, fiquei nos bares cheios de companheiros de viagem.
Tive que partir sem vontade, sem olhar para trás.
Tive que me despedir das minhas verdades, do meu querer inviolável, do meu desejo de ficar para sempre.
Na verdade, eu nunca parti.
Ainda estou parado, sentado num canto qualquer daquele saguão.
Por que temos de ir quando é impossível partir?